UMA FLORBELA EM MEU CAMPOMINADO Um escrito para mulher nenhuma

                                                         UMA FLORBELA EM MEU CAMPOMINADO 

                                                                     Escritos para mulher nenhuma

Há anos publicando no blog de crônicas Cuidado Campo Minado crônicas de um cotidiano vivido na arte, na política, no trabalho, na cidade, "Uma florbela..." traz no título referência à poeta portuguesa não por abordar sua vida ou levar a cabo sua estética, mas sim como sinthoma da lente de aumento afetiva, pessoal e feminina no conteúdo das narrativas que pretendo desenvolver no presente projeto cujo escopo é a publicação de um livro de crônicas. Projeto a ser desenvolvido em nove meses após a liberação do valor angariado (16.000,00 ):

R$: 5.000,00  tiragem de 500 exemplares.

R$: 1.000,00 arte da capa

R$:850,00 aquisição de notebook

R$:900,00 serviço de internet por nove meses

R$:8.250,00 custos pessoais para liberação do trabalho assalariado por nove meses.

Recompensas:

R$: 300,00 ou mais: livro contendo poesia inédita manuscrita.

"A sociedade é dividida em classes, mas um charuto acende a luta de Che a Churchill. Eu simpatizo com as ideias de Che, Nietzsche, estarreço para o bem e para o mal com as práticas de Ernesto e Winston, respectivamente, mas comecei a fumar charutos por causa de outro homem: Bertolt Brecht.

Brecht foi um marxista incomum, mas para o marxismo vulgar " prática é critério de verdade", não é preciso praticar alemão para entender que o filósofo Marx postulou a prática como "um dos" critérios da verdade.

No teatro cult e no jornalismo for massa facilmente se confunde transformar numa experiência única o que é mostrado, com transformar-se numa amostra grátis.

Experiência é uma parcialidade da realidade, a realidade uma parcialidade do todo. Há quem diga que não existe o "todo" mas o "tudo" e também quem diga que há o todo e o nada e que o "nada" pode ser tudo. Eu digo que uma parcialidade crítica pode revelar do todo mais que muita realidade objetiva e por mais que desenvolvamos a mais acertada das lógicas, ela sempre poderá servir a irracionais. 

Sou uma mulher de 31 no século 21 e minha caneta, fálica, com a tinta de Zizek chega em Lacan. Um tanto anacrônica me deparo: A MULHER NÃO EXISTE. Até a psicanálise mais remota exclui fatores biológicos e anatômicos dos indivíduos como determinantes de seu campo simbólico, mas nesta era de supremacia bioquímica os hormônios podem ter o efeito de uma bomba atômica na Nagasaki de Eros e na Hiroshima de Psiqué.

Com umas quantas crônicas tento fazer algum estrago. E daí se a mulher não existe? O átomo também não..."