Sobre Olga

O projeto de realização de “Sobre Olga” é antes que tudo um espaço de troca e reconhecimento entre mulheres - estudantes de cinema em sua maioria - que a partir do pretexto de realização de uma obra audiovisual para conclusão do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Latino-Americana (UNILA), resolveram montar uma equipe majoritariamente feminina – e feminista.

Ao longo dos semestres que passamos dentro da Universidade, nos deparamos com extensas filmografias, movimentos cinematograficos, discussões teoricas, etc, e não foi surpresa notar que as listas de realizadores que foram (re)inventando as maneiras de se fazer cinema eram povoadas em sua grande maioria, – pasmem - por homens, brancos, cis, heteros. Não ficamos surpresas pois esse diagnostico se repete em diferentes setores da sociedade machista e patriarcal em que vivemos, mas a falta de surpresa não deteve a indignação, e só fez crescer a vontade de produzir e de ver mais e mais mulheres ocupando esses – e todos – os espaços. Experimentar trazer a tona – e as telas - nossos olhares, nossas inquietações, nossos corpos.

Inspiradas pela Frente Mulheres no Audiovisual - PE e pela experiencia vivida no FINCAR – Festival Internacional de Cinema de Realizadoras de Recife, cuja equipe foi toda composta de mulheres, visualizamos a possibilidade de que fossem mulheres as encarregadas do trabalho criativo e técnico em todas as áreas do trabalho audiovisual neste projeto – e não somente naquelas que historicamente nos vem sendo delegadas.

Para que esse encontro possa materializar um filme, precisamos de sua contribuição!

Sobre Olga

Olga habita este mundo. Olga é uma criança. Assim como todos os dias, ela levanta para tomar café e viver mais um dia de pequenos conflitos e omissões familiares. Mas esse talvez não seja um sabado como todos os outros, e a partir de encontros um tanto quanto inquietantes, acompanharemos Olga em seu ser estar no mundo, em como ela experimenta esses pequenos momentos fantasticos, que fogem às regras lógicas e racionais que supostamente governam o mundo.

Não queremos contar muito mais sobre ela, para que ela possa … nao se “revelar”, mas se fazer ver, escutar - e quiça - sentir.