No dia 17 de fevereiro desse ano meu filho completou 6 anos. Falei que daria o presente que ele quisesse. Ele me pediu para ir no Beto Carreiro. Sou professor, separado, mas sou muito trabalhador. Nos últimos meses juntei pequenas notas e moedas em um cofrinho para poder realizar esse sonho dele. E nesse mês de maio, mês das mães o levaria para realizar o seu sonho. Mas junto com o sonho veio o pesadelo. A rede municipal de ensino, a qual sou contratado está em greve por motivos legítimos e a prefeitura da cidade nos cortou os salários pela metade como forma de nos desestabilizar. Isso nos afetou muito e as contas chegaram e nada pude fazer a não ser abrir o cofre e tirar o dinheiro arrecado.
Foram 447 reais que arrecadei no cofrinho. Dinheiro esse que juntamente com o que sobrasse da contas poderia levar o meu filho a realizar o seu sonho. Peguei o dinheiro para pagar a pensão do meu filho que não pode atrasar. Mas ainda não tive coragem para contar a ele que não iriamos mais realizar o seu sonho nesse mês.
As professoras da escola onde trabalho resolveram ajudar e me encorajaram a criar essa vaquinha e arrecadar o valor para levar ele e poder aproveitar o final de semana onde ele mais gostaria de estar.
Sei que não serei eterno na vida do meu filho. Mas enquanto eu puder serei sempre presente buscando sempre fazer o melhor pra ele.
Meu filho. Meu amor.
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