A oferta de educação se embasa no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA-1990), o qual ratificou a concepção de criança cidadã e, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-1996), nº 9.394/96, que no capítulo I, consolida a Educação Infantil como a primeira etapa da Educação Básica e um direito da criança.
Sendo assim, tem como diretriz básica à preocupação inconteste em desenvolver atendimentos com a mais alta qualidade, e proporcionar assim, o bem-estar das crianças, promover a integração entre o educar e o cuidar, considerando os diversos aspectos (físico, cognitivo, social, motor e afetivo) sempre na perspectiva de integralidade.
Iniciativas como a nossa contribuem para melhorar as condições de vida dos bebês, das crianças e daqueles que os cercam, como as famílias e a comunidade. Para isso, todos também se incluem de forma efetiva na proposta pedagógica, na participação cultural e social, no respeito à diversidade, seguindo alguns princípios norteadores, elaborados em consonância com a legislação brasileira referente à infância.
Tudo isso, porque a família é o mais importante pólo formador de indivíduos e base estrutural da vida comunitária e social, sendo assim, utiliza-se técnicas de intervenção voltadas para fortalecer essas relações, os laços e os vínculos familiares e sociais.
Esse Projeto constitui-se em um conjunto de referências e orientações pedagógicas que visa contribuir com a implementação de práticas educativas de qualidade, pautadas no desenvolvimento integral das crianças nele inseridas.
A criança como todo ser humano é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações sociais que se estabelece com outras instituições sociais.
As especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças de zero a 03 anos e 11 meses de idade, quanto à qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania, têm como princípios:
A estes princípios, cabe acrescentar que as crianças têm direito, antes de tudo, de viver experiências prazerosas interligando, necessariamente, de forma explícita nas ações, concepções sobre o educar e o cuidar.
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo, com as pessoas que lhes são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam seus esforços para compreender o mundo em que vivem as relações contraditórias que presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida que estão submetidas em seus anseios e desejos.
No processo de construção do conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de ter idéias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem.
Para que haja maior interação entre família e creche, é preciso estar sempre preparados para lidar com as diferentes e plurais estruturas familiares, que vão muito além do modelo tradicional de marido–mulher–filhos. É cada vez mais comum a família monoparental, isto é, aquela em que apenas um dos pais é referência. No nosso público alvo, por exemplo, quase um terço das famílias são chefiadas por mulheres. Há também famílias reconstituídas, na qual mulheres e homens vivenciam novos casamentos e reúnem filhos de outras relações, famílias que articulam em uma mesma casa vários núcleos familiares, entre outras.
Outros fatores que devem ser levados em conta são as diferenças sociais. Em um País marcado por profundas desigualdades, como é o caso do Brasil, com uma série de condições sociais e familiares colocam milhões de crianças em situação de risco. As pesquisas evidenciam que apenas o atendimento de qualidade produz resultados positivos sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança, sendo assim, é fundamental trabalhar para que as crianças tenham acesso a experiências educativas de qualidade. Só assim a Educação Infantil poderá se constituir como importante fator de democratização da sociedade.
O atendimento está em bairros periféricos em sua grande maioria, além destes, destaca-se também outras regiões não periféricas do nosso município. O processo de inclusão “principal” é sempre realizado no início de cada ano, que também se estende a encaminhamentos advindos do Conselho Tutelar, Poder judiciário, Casa Abrigo, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde, dentre outros.
ACOMODAÇÃO PARA ATIVIDADES
Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais; pensando nisso, nosso espaço físico está preparado, cuidadosamente, para permitir uma variedade de atividades, de modo que crianças em uma área não interfiram com as de outra, com separação entre áreas para jogos ativos e para atividades mais silenciosas. A previsão das atividades ao longo do dia permite acompanhar o ritmo das crianças, os diferentes níveis de vigília e sono, com monitoras circulando constantemente, interagindo com as crianças, estimulando crianças que não estão participando de atividades e antecipando problemas antes que surjam.
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
As ações de nutrição estão inseridas através da aplicação de atividades lúdicas e da realização de oficinas culinárias, fazendo com que a criança seja estimulada a desenvolver hábitos alimentares saudáveis e propicia maior contato com os alimentos. Estas ações também conduzem ao aumento da capacidade de aprendizado, construção da cidadania, contribuindo ainda, para o seu bem estar.
Para prevenir as deficiências nutricionais, o cardápio é planejado semanalmente com base na pirâmide alimentar infantil, sendo colocados todos os grupos de alimentos nas refeições diárias. Através da análise qualitativa do cardápio é possível adequar às necessidades nutricionais das crianças, sendo verificado se a alimentação servida supre as necessidades de macro e micro nutrientes.
Oferecemos alimentação equilibrada, pois sabemos que nos sete primeiros anos de vida ela é fundamental não somente para garantir a sobrevivência da criança, mas seu pleno desenvolvimento físico e mental. Esses fatores interferirão diretamente no poder de concentração e consequentemente no aproveitamento escolar, no bem-estar físico, mental e social, além de prevenir doenças na infância e na vida adulta; pois é ainda nesta faixa etária que as crianças constroem os principais hábitos alimentares.
Assim, as mães quando relatam ou enviam os resultados de exames que apresentam algum tipo de deficiência nutricional, são devidamente orientadas sobre a importância da alimentação no processo de recuperação do estado clínico da criança.
Nos gráficos abaixo podemos observar que os cuidados preventivos adotados em relação à alimentação, controle de peso e estatura demonstram que o perfil nutricional das crianças atendidas apresenta baixos índices de desnutrição, sobrepeso e obesidade, ou seja, a maioria apresenta um desenvolvimento saudável dentro dos padrões de eutrofia.
É solicitado, periodicamente o exame parasitológico da criança para a família, com intuito de evitar a transmissão e proliferação de verminoses, ficando sob responsabilidade dos pais ou responsáveis de levar a criança para tratamento ou acompanhamento médico através da puericultura.
A higiene é tratada com o máximo de atenção, utiliza-se descartáveis e esteriliza os materiais individuais a cada uso, como por exemplo: chupetas, mamadeiras, banheiras, trocadores e outros.
Além disso, almeja diariamente a saúde bucal das crianças, com incentivo à escovação dentária e orientações frequentes às famílias para a diminuição da incidência de cáries e outras doenças bucais. É realizada orientação odontológica por uma odontopediatra a qual faz a avaliação bucal e orienta quanto ao tratamento odontológico adequado, variando de acordo com a necessidade de cada criança.
A criança é estimulada a praticar atividades físicas, evitando assim, o sedentarismo e o aumento de peso. Atividades como pular corda, caminhar, andar de bicicleta, velotrol, jogar bola e outros tipos de esportes, fazem com que elas fiquem menos tempo assistindo televisão, diminuindo os riscos de doenças relacionadas ao sedentarismo.
Os cuidados realizados em são relacionados à saúde e a educação, e ambos são essenciais para a sobrevivência e desenvolvimento infantil, quando permanentes estes cuidados também contribuem para um atendimento de qualidade e visível melhoria na vida das crianças. Estes cuidados prestados às crianças e famílias são direcionados para uma alimentação balanceada, higiene pessoal, saúde, educação alimentar, nutricional e ambiental, que inseridos no contexto escolar amenizam as situações de insegurança alimentar e promovem o adequado crescimento e desenvolvimento infantil. O ambiente escolar é propício ao desenvolvimento destes cuidados de promoção à saúde, pois exerce grande influência sobre a formação de um estilo de vida saudável, inclusive incentivando as crianças na prática do plantio de alimentos.
Isso é possível com a implantação da horta como estratégia para incrementar a alimentação ofertada, com cultivo de hortaliças, legumes e frutas, que permite desenvolver ações de educação ambiental, sustentável e nutricional no ambiente escolar, tornando-se ainda, muito importante no cotidiano das famílias devido à distribuição semanal de alimentos cultivados nessa horta.
A IMPORTÂNCIA DO EDUCAR
Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.
O atendimento está associado a padrões de qualidade e advém das concepções de desenvolvimento, considerando as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados nas mais diversas linguagens e ao contato com os mais variados conhecimentos para a construção de uma identidade autônoma.
No entanto, tem-se o compromisso com uma prática profissional de qualidade, e não se faz avaliação intuitivamente, somente pautada no imediatismo, se embasa na compreensão, reflexão e intencionalidade, recorrendo sempre às legislações vigentes, as quais orientam e normatizam essa prática.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, no seu artigo 31, direciona que a avaliação da criança de Educação Infantil é realizada para o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento.
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil orienta que “o objetivo não é avaliar a criança, mas sim as situações de aprendizagem que lhe foram oferecidas”. (RCNEI, 1998, v.2, p.66).
A Revisão das Diretrizes Curriculares para Educação Infantil (Parecer nº 20/2009) encaminha o seguinte:
Art. 10. As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:
Assim, nosso objetivo durante a avaliação não é somente constatar avanços ou apontar dificuldades no desenvolvimento infantil, mas, sim, subsidiar o trabalho pedagógico, principalmente no sentido de proporcionar reflexão sobre o caminho percorrido e o que se faz necessário percorrer. E é nesse movimento reflexivo e constante, que refletimos sobre as oportunidades de aprendizagem que estamos ofertando, buscando atingir novos patamares de conhecimento e, conseqüentemente, de desenvolvimento.
O planejar e o replanejar, nessa perspectiva, estão relacionados em todo o nosso contexto, principalmente na intervenção e mediação do professor, objetivando não só o óbvio, que é a constatação, mas também a construção de um olhar atento focado na busca constante do entendimento sobre o desenvolvimento integral, as necessidades e a singularidade das crianças atendidas.
Oferecemos condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelo professor. É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil.
Diante disso, entendemos que educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada, visando contribuir no desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal – “de ser e estar com os outros”, através da atitude básica de aceitação, respeito e confiança; permitindo ainda, o acesso, das crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.
É a partir das interações que estabelece com pessoas próximas, que a criança constrói o seu conhecimento. A família, primeiro espaço e convivência do ser humano, é um ponto de referência fundamental para a criança pequena, onde se aprendem e se incorporam valores éticos, onde são vivenciadas experiências carregadas de significados afetivos, representações, juízos e expectativas (que são atendidas ou frustradas); sendo assim, é preciso trabalhar sempre com intuito de alcançar, efetivamente, a integração entre famílias e instituição.
A educação inicial da criança se dá na família, mas também na comunidade e, com o advento do trabalho feminino, cada vez mais cedo nas escolas. Em virtude disso, esta instituição assume um importante papel, tendo caráter complementar à educação recebida na família.
Nesse contexto, é muito importante que haja uma boa interação entre os colaboradores desta Entidade e cada família; não só porque os pais podem compreender o trabalho que está sendo feito – como as crianças se relacionam entre si e com os adultos, quais materiais pedagógicos e espaços estão disponíveis, qual a qualidade das refeições, quais princípios e diretrizes orientam a ação dessa instituição, qual seu projeto pedagógico, e etc –, mas também porque permite que nós profissionais possamos conhecer e aprender com esses pais. Um momento precioso é o período de adaptação da criança, fase fundamental para a troca de conhecimentos entre pais e Professores/Monitores e para a constituição de laços de confiança entre as partes.
A articulação com a família visa, mais do que qualquer outra coisa, ao mútuo conhecimento de processos de educação, valores, expectativas, de tal maneira que a educação familiar e a escola se complementem e se enriqueçam, produzindo aprendizagens coerentes, mais amplas e profundas. O resultado dessa troca produz efeitos sobre a autoestima da criança e no seu desenvolvimento.
É preciso respeitar e valorizar a cultura das diferentes famílias envolvidas no processo educativo. Além disso, estimula-se a participação ativa dos pais, padrastos e outras figuras masculinas da família no cuidado e na educação, como base de uma educação não discriminatória, que contribua para superar a visão de que tal responsabilidade é exclusiva das mulheres.
Acredita-se que atuando em conjunto, compartilhando anseios, conquistas e dificuldades, família e colaboradores da Entidade cumprirão com grande sucesso a tarefa de formar seres humanos confiantes, tolerantes, solidários e respeitosos dos direitos e da dignidade de todos.
No cotidiano, tem-se a incorporação crítica e efetiva das educadoras e demais funcionários, ambos comprometidos com a prática educacional. Discute-se pontos teóricos de referência, especialmente aqueles destinados ao desenvolvimento infantil e as razões para promovê-lo, orientá-lo nessa ou naquela direção. Envolve ainda o domínio de critérios para organizar as atividades de modo produtivo e o conhecimento de metodologias de trabalho. Essas aquisições são fundamentais e visa desenvolver as atividades pedagógicas.
Utilizamos o Sistema Positivo de Ensino como método pedagógico estruturado e uniforme de aprendizagem, sem dispensar a vivência e as experiências lúdicas propiciadas por cada profissional do magistério no exercício da sua função.
A proposta pedagógica é elaborada a partir de uma reflexão sobre a realidade cotidiana da criança, o meio social onde seus pais, e ela vivem. Não ignorando desejos, necessidades e conflitos destas demandas. Além de prestarmos cuidados físicos às crianças, criamos também condições para o desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional; atentando-nos sempre para que não sejamos pensados como instituição substituta da família, mas como ambiente de socialização diferente do familiar. Estamos sempre buscando embasamento teórico na legislação vigente, para que os principais conceitos norteiem o bom desenvolvimento de nossa iniciativa.
SALAS TEMÁTICAS: CANTINHOS DE CONHECIMENTOS E APRENDIZAGEM
As salas temáticas aqui apresentadas têm uma grande intencionalidade, olhar para os “cantinhos” e perceber que cada espaço possui em seu contexto uma construção histórica e de grandes aprendizagens. Assim, busca-se observar como esses “cantinhos” podem auxiliar na aprendizagem das crianças.
O objetivo central do desenvolvimento dos “cantinhos” é perceber a importância dos espaços em nesta instituição e como estes efetivam a aprendizagem. Com isso, se constrói diferentes aprendizagens e estas emancipam as crianças, interferindo positivamente na aprendizagem. Portanto, pensando nos “cantinhos” e suas organizações é que se percebe a importância de refletir as salas temáticas.
Esta forma de organização permite que as crianças mudem de sala, sendo que estas passam a ter uma maior movimentação dentro do espaço físico desta Entidade. As salas temáticas possuem uma estrutura com materiais diversificados correspondentes a cada eixo temático trabalhado com as crianças durante todo o ano letivo. Os materiais servem de subsídios para que a aprendizagem aconteça cabendo ao professor à mediação dos conhecimentos. O formato dos “cantinhos” refle sobre o contexto em que as crianças estão inseridas, oferecendo as crianças um ambiente convidativo, um “cantinho” dinamizador que favoreça as interações entre todos os envolvidos no processo de aprendizagem, promovendo o crescimento social e educacional.
Esse projeto nos permite refletir e dar significado à efetiva aprendizagem, visto que, as crianças participam ativamente do processo de ensino, tomando como seu, o papel que antes era realizado pelos professores durante a troca de salas, construindo desta forma um perfil de cidadão participativo e consciente de suas responsabilidades.
As crianças, em suas diferentes formas de pensar e agir precisam de ambientes que os envolvam e os instiguem para a aprendizagem, haja vista que os “cantinhos” e as diferentes atividades convidam as crianças a todo o momento para uma vida escolar mais sensível e humanizada. Como pedagogas, no futuro –é precisamos usar a afetividade e a humanização a nosso favor e, desta forma, as salas temáticas - quando bem organizadas - proporcionam essa experiência as crianças.
CANTINHOS DE EXPERIÊNCIA
Nosso projeto se fundamenta através da ação de agir e executar atividades experimentais, visualizando os diferentes cantinhos compostos, com espaço para realizar diversas atividades com as crianças. É de extrema importância e objetivo primordial manter um ambiente propício para a aprendizagem; desta forma, favorece as experiências e aprendizagens, fazendo com que os mesmos se sintam à vontade para aprender.
Os “cantinhos” produzem na equipe e nas crianças momentos de diferentes experiências, tudo o que neles se vivencia estimula e agrega experiência na equipe de trabalho. Há um espaço rico em materiais didáticos pedagógicos e professoras capacitadas para utilizar as diversas ferramentas na aprendizagem das crianças. As salas temáticas propiciam o lúdico para as crianças, e esse método fortalece a criatividade e o desempenho no aprendizado, tornando prazeroso o processo de aprendizagem. Cada “cantinho” possui materiais referentes aos eixos trabalhados; sendo eles:
O CUIDAR: INTERAÇÃO NECESSÁRIA COM O EDUCAR
Nesta instituição contemplar o cuidado significa compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica; ou seja, cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas.
A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro em seu desenvolvimento. Cuidar, portanto, significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos.
O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso a conhecimentos variados.
As necessidades básicas podem ser modificadas e acrescidas de outras, de acordo com o contexto sociocultural. Pode-se dizer que além daquelas que preservam a vida orgânica, as necessidades afetivas são também base para o desenvolvimento infantil.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com a criança, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas capacidades para construir vínculo qualitativo entre quem cuida e quem é cuidado.
Além da dimensão afetiva e relacional do cuidado, é preciso que o professor possa ajudar a criança a identificar suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de forma adequada. Com isso, cuidar da criança é, sobretudo, dar atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e respondendo às suas necessidades. Isto inclui interessar-se sobre o que a criança sente e pensa, o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à ampliação deste conhecimento e de suas habilidades, que aos poucos a tornarão mais independente e mais autônoma.
BRINCAR
O brincar é ferramenta essencial e necessária ao processo de desenvolvimento humano. Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas, sejam elas mais voltadas às brincadeiras ou as aprendizagens que ocorrem por meio de uma estimulação direta.
As Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (MEC, 2009) direcionam a brincadeira e as interações como uma proposta de orientação às práticas pedagógicas. Ao pautar nesse documento, teremos o brincar e as interações como norteadoras do cotidiano.
Esta é a proposta: o olhar atento para a maneira como a criança aprende e visualiza o mundo, lembrando-se sempre que temos um papel primordial como colaboradores, agentes ou mediadores destes momentos. Para que eles realmente aconteçam, é necessário sentar no chão, entrar no mundo da fantasia e deixar se contagiar pelas possibilidades que só a criança proporciona.
As fontes do conhecimento infantil são múltiplas, mas é no ato de brincar que a criança, de forma privilegiada, apropria-se da realidade imediata, atribuindo-lhe significado. As brincadeiras permitem que a criança desenvolva imaginação, afetos, competências cognitivas e interativas, à medida que tem a oportunidade de vivenciar diferentes papéis.
Uma importante função da atividade lúdica é a elaboração de conflitos e ansiedades, e a criança demonstra ativamente, enquanto brinca, o que sofre passivamente. Brincando, as crianças constroem seu próprio mundo, ressignificam e reelaboram os acontecimentos que deram origem a vivências e sentimentos.
É fundamental saber e entender a importância do brincar, sendo assim, propicia-se brincadeiras que contribuem para o processo de socialização das crianças, oferecendo-as ainda, oportunidades de realizar atividades coletivas livremente, buscando efeitos positivos para o processo de aprendizagem, estimulando o desenvolvimento de habilidades básicas e a aquisição de novos conhecimentos.
As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança; e também é uma forma de auto-expressão. Diante disso, busca sempre orientar os pais para que saibam o quanto é importante o brincar para o desenvolvimento físico e psíquico do seu filho (a).
Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhes são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos.
Nesta instituição se permite o brincar através de várias categorias e experiências que são diferenciadas pelo uso do material, ou dos recursos predominantemente implicados. Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas, assim como, a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, e, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar.
Utiliza-se ainda, as brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais e etc., no intuito de propiciar a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica.
É o adulto, na figura do professor, que em nesta instituição, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar.
Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto, e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como, de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem.
Nesta instituição o professor organiza situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada oferecendo às crianças a possibilidade de escolherem os temas, papéis, objetos, e companheiros com quem brincar ou os jogos de regras e de construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais.
Na tabela, a seguir, estão demonstrados diferentes pontos de vista do ato de brincar e sua importância para o desenvolvimento do ser humano:
Ponto de Vista | Aspectos Abordados |
Filosófico | O brincar entra como contraposição à racionalidade, fornecendo equilíbrio necessário à plenitude do homem. |
Sociológico | O brincar torna-se a forma mais pura de inserção da criança na sociedade, tendo acesso às convenções que dizem respeito aos valores, crenças, hábitos, costumes, regras, leis, moral, ética, sistema de linguagem e modos de produções diversos. |
Psicológico | O brincar é visto como uma atividade tão importante como a alimentação e o sono, garantindo a saúde física, mental, social e emocional. Está presente em todo o desenvolvimento infantil. |
Psicoterapêutico | O brincar é fundamental, universal, facilita o crescimento e conduz relacionamentos grupais, enfim, é a própria saúde. É uma forma de comunicação consigo e com os outros. Nesta atividade, a criança exterioriza suas angústias, medos, problemas interno, adquirindo estruturas para resgatar a alegria, a felicidade, a afetividade e o entusiasmo. |
Criativo | O brincar é uma constante busca para descobrir algo novo. É no brincar que se pode ser criativo, e é no criar que se brinca (com imagens, símbolo, fantasias). |
Pedagógico | Torna-se uma estratégica poderosa para a criança aprender, formar personalidade, dominar a inteligência e evoluir cognitivamente. Fröebel* foi o primeiro que viu o brincar como uma atividade responsável pelo desenvolvimento físico, moral e cognitivo das crianças. |
*Fonte: Livro de Referência para Atuação Docente – Grupos: 1 e 2. Editora Positivo.
A partir do conteúdo apresentado acima, fica claro a importância e abrangência do ato de brincar para o todo ser humano, principalmente no desenvolvimento infantil, interligando profundamente todas as funções cognitivas, entre elas o afeto, a linguagem, a percepção, a motricidade, o pensamente e a memória.
O professor sempre tem consciência que a apropriação dos símbolos sociais e o equilíbrio afetivo da criança também são construídos por meio das possibilidades e características das brincadeiras, visto que, há objetivos didáticos em questão.
INTERAÇÃO SOCIAL
A interação social em situações diversas é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagens. Sendo assim, os professores sempre favorecem situações de conversa, brincadeiras ou de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando-se modos de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e a auto-estima.
A existência de um ambiente acolhedor, porém não significa eliminar os conflitos, disputas e divergências presentes nas interações sociais, mas pressupõe que o professor forneça elementos afetivos e de linguagem para que as crianças aprendam a conviver, buscando as soluções mais adequadas para as situações com as quais se defrontam diariamente.
Permitir a interação quer dizer considerar que as diferentes formas de sentir, expressar-se e comunicar a realidade pelas crianças resultam em respostas diversas que são trocadas entre elas e que garantem parte significativa de suas aprendizagens.
Uma das formas de propiciar essa troca é a socialização de suas descobertas, quando o professor organiza as situações para que as crianças compartilhem seus percursos individuais na elaboração dos diferentes trabalhos realizados.
Portanto, é importante frisar que as crianças se desenvolvem em situações de interação social, nas quais conflitos e negociação de sentimentos, idéias e soluções são elementos indispensáveis.
OUTRAS ATIVIDADES OFERECIDAS
Dentro desta Entidade existe uma “rotatividade”, ou seja, conforme o desenvolvimento/crescimento da criança ela é transferida para outra área, onde a classifica da seguinte forma: Grupo 1: Berçário I, Grupo 2: Berçário II, Grupo 3 Maternal I e Grupo 4 Maternal II, sendo assim, as atividades oferecidas são diferenciadas de acordo com a faixa etária e seguem continuidade para que possam contribuir para o seu pleno desenvolvimento.
As ações baseiam-se em atividades onde inicialmente predominam a dimensão subjetiva do movimento, o contato com brinquedos pedagógicos, a participação em situações que integrem músicas, canções, histórias e diversos movimentos corporais.
As atividades oferecidas respondem às necessidades básicas de cuidados, aprendizagens e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância. A escolha dos conteúdos que definem o tipo de atividades permanentes a serem realizadas com freqüência regular, diária ou semanal, em cada grupo de crianças, depende das prioridades elencadas a partir da proposta pedagógica.
Contempla ainda, a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo postura corporal, melhoria no desenvolvimento físico, social, educacional, intelectual, cultural, proporcionando também, lazer divertimento e integração social. Destacam-se resultados favoráveis na comunicação e expressão, ou seja, as crianças trabalhadas de forma diversificada desenvolvem a linguagem oral, leitura e escrita esperada na sua faixa etária, ampliando-se gradativamente suas possibilidades de desenvolvimento.
Com relação à avaliação das crianças atendidas, recorre-se às legislações vigentes, as quais orientam e normatizam essa prática, como por exemplo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, que no seu artigo 31, direciona que a avaliação da criança de Educação Infantil é realizada para o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento; já no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil orienta que o “ objetivo não é avaliar a criança, mas sim as situações de aprendizagem que lhe foram oferecidas”. (RCNEI, 1998, v. 2, p. 66).
E o Parecer nº 20/2009 da Revisão das Diretrizes Curriculares para Educação Infantil encaminha o seguinte:
Art. 10 – As instituições de educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:
Diante disso, entende-se que o objetivo da avaliação não é somente constatar avanços ou apontar dificuldades no desenvolvimento infantil, mas, sim, subsidiar o trabalho pedagógico, principalmente no sentido de proporcionar a reflexão docente sobre o caminho percorrido e o que se faz necessário percorrer.
No cotidiano institucional, o planejar e o replanejar estão relacionados principalmente na intervenção e mediação do professor, objetivando não só o óbvio, que é a constatação, mas também a construção de um olhar atento focado na busca constante do entendimento sobre o desenvolvimento integral, as necessidades e a singularidade das crianças atendidas.
PALESTRAS SÓCIO EDUCATIVAS E ORIENTAÇÕES SOCIAIS
A iniciativa de realizar palestras é para proporcionar por meio da participação em atividades educativas à interação entre as famílias e esta instituição. A comunicação entre ambas as partes é fundamental para a integração, para enfatizar as co-responsabilidades e para discutir temas relacionados à saúde, educação, cidadania, direitos e deveres visando melhorar o grau de conhecimento e a qualidade de vida das mesmas.
Durante a realização das palestras procede à abordagem grupal de temas que compreendem desde a alimentação saudável, higiene dos alimentos, cuidados com a higiene pessoal, saúde da mulher, doenças infectocontagiosas (DST), saúde bucal, calendário de vacinação, planejamento familiar, prevenção de doenças, educação, direitos, deveres e outros de acordo com a necessidade vislumbrada.
Os recursos humanos envolvidos nestas reuniões são cedidos pela própria Entidade e Secretarias Municipais (Saúde, Educação, Meio Ambiente e etc), que nos disponibilizam os profissionais necessários para a realização dos eventos.
A distribuição do conteúdo didático abrangido nas palestras é feito através da entrega de folders, panfletos, e outros, fazendo com que tenha resultados positivos em relação às famílias e a melhora qualitativa dos cuidados com a saúde e higiene das crianças.
Estas abordagens educativas possibilitam às crianças e às famílias inseridas no atendimento que interaja com as políticas públicas, estimulando-as a buscar pelos seus direitos, amenizando assim, as situações de vulnerabilidade social.
Quanto às orientações sociais, o atendimento é realizado pela assistente social, a qual visa acolher, orientar e encaminhar as famílias, para que consigam sanar ou minimizar suas dificuldades em busca de melhor qualidade de vida. São realizados atendimentos individuais, grupais e visitas domiciliares.
A assistente social realiza intervenção direta junto à família, buscando desenvolver com os mesmos a reflexão do seu papel, o qual é fundamental no processo de sensibilização para a participação dinâmica, integrando a família, a instituição e a comunidade. Esta intervenção tem como objetivo a mediação de possíveis dificuldades que possam surgir ao nível da comunicação, do relacionamento e dos conflitos que envolvem a relação familiar.
No artigo 227 da Constituição, vemos que tudo que é direito da criança e do adolescente deve ser considerado "dever da família, da sociedade e do Estado". A família, portando, deve ser considerada o primeiro círculo de proteção de sua descendência.
Por isso, entre os direitos assegurados da integridade física, psicológica e moral da criança e do adolescente - junto com a dignidade, o respeito e a liberdade - figura o direito da convivência familiar e comunitária. Isto significa que privar uma criança ou um adolescente desse convívio é uma atitude a ser tomada somente em último caso.
É interessante observar também como o Estatuto da Criança e do Adolescente zela por assegurar esse convívio nas mais diversas situações; que vão além do auxílio material. Assim, o primeiro regime de atendimento elencado no artigo 90 do ECA foi denominado orientação e apoio sócio-familiar, e é por isso, que tem-se a finalidade de assegurar às crianças atendidas o direito à convivência familiar, evitando que dificuldades econômicas, pessoais e sociais dos pais ou responsáveis acabem por levar à ruptura desse vínculo tão importante para o “normal” desenvolvimento dos filhos.
Como instrumento de intervenção qualitativa, utiliza-se também a visita domiciliar que, quando necessária, é realizada pela assistente social, e em casos excepcionais a psicóloga também acompanha para que por meio do contato com as pessoas em seu ambiente familiar possam aproximar-se do vivido e do cotidiano do público atendido, observando as interações familiares, a vizinhança, a rede social e os recursos institucionais mais próximos.
ATUAÇÃO DA PSICÓLOGA
Realiza-se um trabalho em conjunto visando o desenvolvimento integral da população atendida. Devido à faixa etária das crianças e as necessidades por elas apresentadas nesse período, os conhecimentos e as informações do campo da psicologia contribuem para promover melhores condições de desenvolvimento às crianças, bem como para aprimorar as condições e a qualidade de trabalho dos educadores. A atuação da psicóloga, neste contexto, favorece a resolução de problemas em âmbito institucional, fruto das relações cotidianas no trabalho e seus conflitos.
O trabalho de intervenção é prioritariamente realizado junto às educadoras dos diversos setores, a saber: Berçário I, Berçário II, Maternal I e Maternal II.
Os encontros com as educadoras têm como objetivo criar e desenvolver espaços de discussão e reflexão, visando oportunizar aos agentes educacionais novas possibilidades de compreensão acerca da dinâmica da instituição, buscando contribuir para a ampliação de seus recursos diante das situações vivenciadas, possibilitando formas mais produtivas de convívio no contexto educacional.
A intervenção tem ainda como objetivos específicos:
Necessita realizar encontros mensais, reuniões e palestras com as educadoras e orientações específicas aos demais funcionários e pais/responsáveis pelas crianças, propondo-se como ações:
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