Guga Marques sofreu um grave acidente num salto de paraquedas, após praticar o esporte por 10 anos. A seguir, um relato escrito por Luiz Alberto Marques, seu pai.
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Meu filho, Guga Marques, acidentou-se ao saltar de paraquedas na Califórnia, EUA, tendo sofrido, além de fraturas na perna e na região pélvica, um forte trauma crânio-encefálico. Para reduzir a pressão craniana, os médicos o mantiveram em coma induzido por longas semanas e ele só recobrou a consciência quase três meses depois, após o retorno para o Brasil.
A partir do segundo dia após o acidente – fiz a mais difícil e longa viagem da minha vida, que demorou 30 horas até encontra-lo uma cama de hospital - comecei a fazer anotações sobre o que acontecia à minha volta: as difíceis conversas com os médicos e enfermeiros (os norte-americanos fazem questão de ser duros e tentam minimiza as esperanças dos familiares para evitar processos judiciais por transmitirem falsas promessas), as incertezas sobre o tempo em que ficaria por lá, além das gratas surpresas de encontrar pessoas simples e dispostas a nos ajudar mesmo sem nos conhecer, compensando, assim, a terrível angustia da espera e o turbilhão de sentimentos que impediam o sono, provocavam rios de lágrimas e dificultavam a tomada de decisões.
Apesar de não ser ligado a nenhum credo religioso, toda aquela situação me deixou emocionalmente frágil e, conduzido por amigos, deixei-me levar para todas as direções que pudessem aliviar as minhas tensões pela enorme possibilidade de, dentro de pouco tempo, ver o fim da vida do meu filho. Foi assim que tive a oportunidade de chorar e implorar por ajuda em igrejas católicas, anglicanas, evangélicas, casas espíritas, templos budistas e, até mesmo, num terreiro de candomblé (esta última após voltar para o Brasil, é claro).
Fui tomado por uma tempestade de emoções confusas e muito fortes, que me fizeram passar a "conversar" com seres que passei a chamar de “os meus invisíveis", aos quais implorava consolo, força e energia para o Guga e indicações para mim sobre como me comportar e o que fazer.
E foi com os “meus invisíveis” que fechei um grande acordo: eles me devolveriam o Guga vivo e eu passaria a dedicar para ele o tempo que me restasse.
Hoje estamos a poucos meses de completar 8 anos do acidente. Vivemos juntos, ele e eu, com uma quantidade muito pequena de grandes objetivos: o da sua completa reabilitação e recuperação da capacidade de reincluir-se numa nova vida – aprendi que ele passaria a ser uma outra pessoa, que buscaria um outro tipo de vida em substituição da qual foi afastado.
Em paralelo, estamos fazendo o possível para divulgar a nossa experiência para ajudar outras pessoas que passam por situações parecidas com a nossa, procurando divulgar a nossa história e tudo aquilo que aprendemos com os médicos.
Tivemos a oportunidade de participar de um programa de entrevistas na Rede Globo de Televisão (Encontro com Fátima Bernardes), o que provocou muitos contatos de pessoas que viviam experiências similares à nossa. Após algum tempo de comunicação com elas, fomos informados de que as nossas conversas foram proveitosas para seus acidentados.
Recentemente fomos procurados pela Rede Record (Jornal da Record) que, no momento atual, está preparando um programa para abordar a nossa história. Temos, também, um bom amigo (do meu tempo de publicitário) que está empenhado em roteirizar um documentário especial sobre nossa história.
Enquanto isto libero o meu tempo disponível para escrever um livro com base nas minhas anotações rabiscadas desde o dia 16 de maio de 2012. Livro que é o tema do presente projeto de financiamento e onde pretendo contar tudo o que ocorreu após o dia da 588ª vez que o Guga caminhou nas nuvens, como se fosse um pássaro.
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Pretendemos produzir 300 exemplares do livro e reservar entre 50 e 70% para entrega direta de exemplares autografados para as pessoas que contribuírem com pelo menos R$ 500,00 no atual projeto de contribuição.
Cem (100) exemplares ficarão reservados para famílias de acidentados que demonstrarem que vivem experiências parecidas com a do Guga e não têm condições materiais para efetuarem a sua aquisição.
Os demais exemplares serão vendidos através do site www.gugamarques.com.br
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Quem participar deste projeto poderá estar contribuindo para a reinclusão social e laboral de muitos brasileiros que ficam isolados e esquecidos após sofrerem acidentes graves.
É muito fácil participar.
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