Como produto final do TCC de graduação em História, Memória e Imagem pela Universidade Federal do Paraná, realizados pelos alunos Matheus Henrique e Sheila Humphreys sob o título “Memórias do S-21: O Presídio Secreto de Pol Pot”, com estimativa de conclusão em dezembro de 2019, nasce a proposta de exposição que se apresenta. A pesquisa destaca a relação entre a memória e o local público de memória, em especial o museu de Tuol Sleng de Genocídio (S21) no Camboja que foi criado no local onde era antes um presídio do movimento Khmer Rouge da agora extinta República Popular da Kampuchea (RPK). A ideia inicial é examinar locais públicos de memória no Camboja dedicados às vítimas do genocídio de 1975 a 1979 que após esse período tem exercido um papel importante na manutenção da preservação da memória deste incidente.
Além de examinar o contexto histórico do recorte proposto, a intensão é recriar, na medida do possível, este cenário de preservação da memória cambojana do genocídio com uma exposição que espelha o próprio museu S21, retratando as vítimas que ali passaram e tiveram uma fotografia tirada, bem como os objetos de tortura utilizados pelos carcerários e as condições degradantes das celas. Ninguém que entrava no presídio sobrevivia às torturas (no total, de 15 mil prisioneiros, apenas 7 sobreviveram), mas todos que entravam tiveram suas fotos registradas na entrada e seu corpo enterrado em uma vala comum na saída.
Quando o regime finalmente acabou, o presídio foi descoberto pelos vietnamitas e transformado em museu, propositalmente - diante da quantidade enorme de registros escritos deixados para trás pelo Khmer Rouge - com a intensão de marcar o horror e gravar na memória da nação os episódios que ocorreram ali para que nunca mais se repetissem. Quando o museu abriu as suas portas pela primeira vez no início da década de 1980, milhares de famílias cambojanas invadiram seus corredores, olhando em desespero as fotos dos prisioneiros expostas, tentando descobrir se havia algum de seus parentes que estavam desaparecidos entre estas vítimas.
Apesar do recorte temporal escolhido para o presente trabalho ser recente (1975-79), poucos – a parte do meio acadêmico – sabem do genocídio ocorrido no Camboja nesta época, principalmente a geração mais recente. Um evento desta proporção merece uma abordagem mais aprofundada, tanto no meio acadêmico, quanto fora dele. A ferramenta escolhida (exposição) para comunicar esta parte da história é primordial, tendo em vista o impacto visual, a possibilidade de vivenciar – na medida do possível – as desgraças ocorridas em Tuol Sleng, bem como atrair um público que desconheceria do assunto se não fosse abordado de maneira interativa.
Apesar da problematização exigida para qualquer trabalho deste porte, este busca trazer ao conhecimento das pessoas os horrores cometidos. A divulgação dos acontecimentos e a conscientização de que (apenas) a 43 anos atrás víamos atos de terror que acreditávamos termos superado. Essa exposição pode elucidar a geração atual sobre os atos de genocídio ocorridos no Camboja e as consequências desumanas que a acompanham até hoje.
Objetivo Geral:
Divulgar a memória social e expor os fatos ocorridos entre 1975 e 1979 no Camboja sob o regime do Khmer Vermelho, em especial no presídio S-21, através da exposição “Tuol Sleng – memórias do S-21”.
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