Exposição Fotográfica: Conexões Tropicais

A inquietação sobre os percursos da arte homoerótica na sociedade pós-moderna, a partir do trabalho do artista Alair Gomes são o principal norte desta exposição. O artista é um artista que fez uma arte homoerótica masculina polêmica, reconhecida internacionalmente, mas com desvalorização no Brasil. Alair, um grande pesquisador do corpo masculino, foi assassinado por um de seus modelos e sua obra enfrentaria um grande percurso até chegar ao acervo da Biblioteca Nacional, onde, ainda hoje, cria diversas inquietações, resquícios e inspirações que perpassam nas fotografias contemporâneas na qual, mesmo após 25 anos de sua morte, conseguem transcender o tempo e o espaço.

    A fotografia homoerótica masculina entra em um processo de reinvenção na contemporaneidade, a chamada “era das nudes” cria uma nova perspectiva sobre a produção homoerótica, aportando novos aplicativos que permitem a troca de mensagens e imagens, empregando um resquício amador e imediatista na exploração do corpo. Neste processo, surgem novos fotógrafos que se dedicam a fotografar modelos dentro de ensaios que problematizam as questões de gênero, corpo e sexualidade.

    Desta maneira, esta exposição busca homenagear o trabalho de Alair Gomes, tendo como ponto de partida suas obras e fazendo uma verdadeira conexão com outros artistas que dedicam seus estudos para o corpo homoerótico masculino brasileiro.

Acontecerá no prédio do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ (antiga Casa do Estudante Universitário da UFRJ) "Conexões Tropicais, um Tributo a Alair Gomes" é uma exposição de múltiplas linguagens que busca explorar o papel do corpo homoerótico masculino na arte contemporânea.

A exposição contará com obras do artista Alair Gomes e de artistas brasileiros e estrangeiros que dedicam seus estudos para o corpo do homem dos trópicos, explorando seus múltiplos aspectos.

Explicando melhor...

Vamos (sim! Já estamos contando com você para apoiar esse projeot! Essa exposição também é sua!) fazer salas temáticas que vão desde as obras inéditas de Alair Gomes até um aspecto mais político, que trata da morte de LGBTTQIs nos ultimos anos. A ideia é criar não apenas uma exposição que fale sobre o homoerótico masculino, mas levar o espectador a refletir sobre o que está vendo. Serão mais de 500m² de exposição, alternando entre espaços abertos e fechados.

A carreira de Chico Castro como fotógrafo independente começou em Portugal, onde estudou em duas das escolas mais reputadas de Lisboa, o Ar.co e a ETIC Escola Técnica de Imagem e Comunicação. 

No Ar.co participou de um curso de introdução, onde ainda teve a oportunidade de aprender a revelar fotografias em laboratório químico em preto e branco. 

Na ETIC concluiu o curso de Fotografia Geral, se destacando no projeto final onde se autorretratou nu e que foi selecionado pelos professores para representar a escola no evento fotográfico mais importante de Portugal; a Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira. 

Após o curso trabalhou num banco de imagens, a Photo4Press, como pós-produtor, onde desenvolveu a sua técnica de tratamento digital de imagens. 

De volta ao Brasil, consciente da transformação rápida a que todas as áreas estão expostas, atualizou os seus conhecimentos num novo curso de fotografia profissionalizante na Fullframe, em São Paulo, onde hoje é professor. 

Em paralelo à sua atividade como professor e entre outros projetos, tem vindo a desenvolver ensaios de nu, com um foco especial no nu masculino.

Claudio Montagna vive e trabalha no Rio . Nasceu no Rio de Janeiro em 1957 e teve formação artística na Escola de Artes Visuais do Parque Lage a partir de 2000 . Principais Mostras de Arte : Individual -2011- Vida Líquida no Centro Cultural da Justiça Federal / Rio , Coletivas : 2011- Fuzuê - Largo das Artes /Rio , 2010 - Novas Aquisições Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM /Rio , 2009 - Coletiva - Espaço Crâneo / Rio , 2008- Cético Assombro - EAV Parque Lage / Rio , 2007 - Diminuir as Distâncias - Palácio Itamaraty / Brasília-DF.

É com as competências de ator, cantor, compositor e bailarino que Ditto Leite clica. O artista encontra na fotografia um modo de dar materialidade tátil as suas habilidades sensíveis advindas de outras práticas artísticas.

Ao pressionar o botão de sua câmera, Ditto não marca só o dispositivo com suas digitais, mas imprime sua identidade nas fotografias, demarcando um modo único de registrar o tempo e o espaço.

 Algo para além do olhar especializado em corpo e cena se condensa no trabalho deste fotógrafo. Quando flerta dança, natureza, intimidade e nudez, faz do erótico um discurso que não teme o mundo conservador, mas o enfrenta, nos ensinando que esta é uma legitima manifestação da natureza humana. 

A nudez serve suas fotografias como as notas servem as suas canções, como as palavras servem aos seus textos, ou como um gesto serve a sua dança. 

O corpo esta nu na foto, todavia esta nudez está revestida de propostas estéticas que se investem de uma políticapoética da imagem. Ao mesmo tempo que revela o íntimo, mantém algo a ser revelado. A ambiguidade desta tensão entre o público e o privado no corpo retrata bem a vida na contemporâneidade.  

Ditto leite carrega ao longo do seu caminhar/experienciar, um olhar particular, um olhar que tangencia àquilo que não se percebe tão facilmente, o que é escondido da manifestação física, o que está por trás... Alinha o olhar com o coração para descrever o mundo de modo singular em suas fotografias. Ao retratar o outro se autorretrata, porque ao revelar uma foto, revela também o seu olhar.

Neko Bermudes, 1990, nascido e criado na cidade de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense no estado do Rio de Janeiro. Apaixonado pelo mundo do audiovisual desde criança deu início a sua vida na fotografia cursando a Universidade Estácio de Sá, no ano de 2007. Desde então, seu dinamismo no mundo das artes não parou, criando a sua assinatura NKO, procura desenvolver trabalhos pessoais de cunho conceitual e serviços de fotografia no geral.

Com uma linguagem sentimentalista, Neko, busca retratar em suas fotografias a sensibilidade por trás da imagem. Dando atenção a detalhes, devaneios e nos aspectos simples para despertar novas visões do mundo. Introduzindo o expectador a sentir o momento do click sempre que olhar a imagem. Eterno fã de cinema e teatro, busca na luz natural as técnicas necessárias para “pintar com a luz”. Dentre seus trabalhos estão: Exposição fotográfica “Mulheres, cotidiano, HIV”, onde retrata mulheres em são Paulo, que vivem com a ajuda ou trabalham na ONG GAPA-SP; “my Body voice”, Projeto de PornArt que busca na nudez a expressão e grito de liberdade do corpo; Participação do Projeto Homorgias Póeticas, projeto desenvolvido pelo coletivo Homorgias que busca misturar imagem e poesia.

Rafael é poeta e responsável pela direção artística-visual do projeto de performance e poesias Homorgias Poéticas, que consiste em um Tumblr com ensaios fotográcos coletivos com homens homossexuais e poesias relacionadas ao tema. É diretor artístico da A Inacabada Cia. e também assina a dramaturgia cênica dos projetos Histórias Curtas Sobre Amores Inacabados e Meninos Também Amam – um poema/manifesto cênico. 

Formado em atuação pela Escola Livre de Teatro e em direção teatral pela SP Escola de Teatro, é graduando da Universidade Federal de São Paulo no curso de Letras.

Teremos dois curadores envolvidos nesse projeto, sendo o curador principal o artista Ricardo Mancila Garay, professor de castellano e comunicação, possui mestrado em artes, pesquisa em teoria e história da Arte (UCh). Sua trajetória tem uma grande inflência interdisciplinária, tendo desenvolvido projetos de artes cênicas, artes visuais e curadorias que entrelaçam as linguagens literárias e plásticas, marcadas pela preocupação com as questões particulares desse processo. 

O curador assistente é o artista Emílio Rivero, de nome artístico Emaylo, oriundo da cidade Chaco, conhecida como “Cidade das esculturas”, na Argentina, é artista e curador desta exposição. Depois de estudar artes na Argentina, muda- se para o Rio de Janeiro e continua seus estudos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ). Este jovem artista multidisciplinar, mesmo estabelecendo sua moradia na cidade do Rio de Janeiro, possui linhas de trabalho em Paris e Buenos Aires. Estudou na mítica escola livre de Montparnasse Académie de la Grande Chaumière em Paris, França, lugar onde desenvolveu habilidades para o esboço em modelo nu e que utiliza para finalizar seus desenhos e pinturas. Atualmente, Emaylo trabalha com a premissa inspirada pelo filósofo francês Michel Onfray, na qual parafraseando “Não há arte sem filosofia, psicologia, sociologia, ciência; o artista trabalha com as suas ferramentas próprias. Caso contrário, seu trabalho seria fora da realidade”.

Nossa equipe é super incrível! Dá só uma olhada:

CURADOR: Ricardo Mancilla garay

CURADOR ASSISTENTE: Emílio Rivero

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Paulo Farias

PRODUÇÃO ADMINISTRATIVA: Jonatas Nascimento e Lara Rabello

PRODUÇÃO ARTÍSTICA E CAPTAÇÃO DE RECURSOS: Ralph Campos e Renan Collier

COORDENAÇÃO OPERACIONAL: Marianna Botelho

ARQUITETO: Mattieu Romancant

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Ruth Maciel

REDES SOCIAIS: MiKey Vieira

DESIGNER GRÁFICO: Roberto Mendes

ORIENTADOR: Jorge Caê Rodrigues