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A exposição-instalação coletiva “Poema Infinito” se constituiu de dois exercícios expositivos realizados no contexto da disciplina “Prática Artística Acompanhada” do Bacharelado em Artes Visuais - IAD/UFJF.
O primeiro trabalho, apresentado no Instituto de Artes e Design, partiu do estudo da obra da artista Elida Tessler, que se dedica a pensar as relações entre a palavra e a imagem, produzindo um vigoroso e vertiginoso diálogo entre artes visuais e literatura. Assim como no trabalho de Elida, especialmente em “Você me dá a sua palavra”, a instalação foi composta por palavras eleitas por cada um/a dos/as artistas que foram posteriormente gravadas em lâmpadas.
Os termos e as luzes presentes neste primeiro exercício buscavam libertar as palavras do seu significado utilitário, de sua função comunicativa. Aquele espaço improvável de luzes, palavras e formas sugeriam infinitos sentidos latentes que o encontro entre diferentes sujeitos e suportes pode suscitar. A partir da escolha de uma palavra e do encontro desta com inúmeras outras, novas relações se teciam, bem como choques e desconexões apareciam. Assim, o significado esteve à beira do colapso, pronto para renascer infinitamente.
Para o segundo trabalho, realizado e apresentado na Autoria Casa de Cultura, os artistas buscaram aprimorar o diálogo com o espaço arquitetônico, estruturando uma maior unidade formal e aprofundando a investigação sobre as relações entre palavra e imagem, especialmente no que diz respeito às flutuações da escrita e ao que há de obscuro e desconhecido nela.
Nesse sentido, foi muito significativo que o trabalho habitasse o espaço como o da Autoria, rodeado de livros. Ocupando uma parede constituída por texturas de linhas retas, a instalação partiu da imagem poética de uma “parede pautada” sugerida pelo próprio lugar. Como se as ranhuras/grafias da superfície dessa “página concreta” escondessem um texto a ser decifrado, revelado. Como diz Roland Barthes, “a ilegibilidade, longe de ser um estado decadente, monstruoso, do sistema escritural seria, pelo contrário, a verdade, a essência de uma prática talvez no seu limite e não no seu centro”.
Levando adiante a ideia de Barthes a respeito de uma “opacidade gráfica” que reside no fundo de uma escrita que serve mais para esconder do que para comunicar, os artistas realizaram também seus próprios símbolos, construindo um alfabeto inventado que, talvez, quem sabe, poderia nos colocar em contato com o inverso inominável de um infinito poema.
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