Caso queiram saber um pouco mais sobre os trabalhos, seguem os nossos resumos:
"Efeito de antidepressivos no tratamento quimioterápico de gliomas" - 2o. Lugar em Ciências Biológicas na Mostratec, 4o. Lugar Geral em Ciências Biológicas na Milset Brasil, Indicação para a Milset México (ESI-Expo Science International)
Falar sobre câncer é um desafio, mas é de extrema importância, além de ser um tema pouco falado e discutido no ambiente escolar, ele informa e conscientiza as pessoas do risco dessa doença, o que pode facilitar o entendimento dos sintomas, estimular os exames de rotina com profissionais e compreender a convivência com aqueles que têm câncer. É de nossa ciência que a maioria dos pacientes que enfrentam o câncer cerebral também enfrentam a depressão, por isso há uma tendência maior ao uso de antidepressivos. Porém, ainda há uma dúvida se o uso simultâneo desses medicamentos poderia atrapalhar a ação de quimioterápicos usados no tratamento oncológico.
Assim, o projeto tem como proposta utilizar uma cultura celular de glioma, exposta à uma certa quantidade de um antidepressivo (Fluoxetina) e ao quimioterápico (Temozolomida), e avaliar a porcentagem de viabilidade celular nas diferentes condições a que elas foram expostas, para comparar o efeito do antidepressivo nesse tratamento, investigando se a fluoxetina prejudica ou potencializa a eficiência do quimioterápico. Pensando também no âmbito socioeconômico, optamos por utilizar como material de pesquisa, o antidepressivo fluoxetina que é relativamente acessível a todos os públicos. Já o quimioterápico escolhido foi a temozolomida, que é o medicamento padrão e mais utilizado no tratamento de gliomas. O experimento foi realizado no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, onde utilizamos uma determinada linhagem de células cancerígenas de glioblastoma em estágio IV conhecida como U251MG-WT.
Células expostas ao quimioterápico durante 72h apresentam menor viabilidade celular de forma crescente com a concentração do medicamento. Ao colocar o quimioterápico junto o antidepressivo, observamos que na média não houve uma diferença significativa na viabilidade celular do glioma. Isso indica que a hipótese de que o antidepressivo afetaria a ação do quimioterápico foi refutada. Notamos também que somente a fluoxetina sozinha em alta concentração (20 μM) diminuiu a viabilidade das células analisadas. Entretanto, houve uma grande variação entre as repetições realizadas e para termos um resultado mais confiável seria necessário realizar o experimento mais vezes.
"A humanização da psiquiatria sobre os tratamentos dos doentes mentais esquizofrênicos" - Indicação para a Milset México (ESI-Expo Science International)
O presente trabalho procura discutir os métodos de tratamentos utilizados em hospitais psiquiátricos na década de 1940 para os doentes mentais diagnosticados com esquizofrenia, contando o processo de humanização dos manicômios e das pessoas institucionalizadas ao longo dos anos, através da proposta de tratamento com a arte-terapia da Dra Nise da Silveira, além de questionar como o trabalho da médica psiquiatra repercute entre os profissionais da saúde nos dias atuais. Esta pesquisa foi embasada por meio de pesquisas online, em sites, artigos disponibilizados no Google acadêmico e Scielo, filmes, documentários, e livros sobre o tema proposto. Como se trata de uma pesquisa qualitativa, ao longo do processo de feitura, foram realizadas quatro entrevistas com profissionais de áreas da saúde. Ao final da pesquisa houve uma seleção de obras produzidas por pacientes esquizofrênicos de Nise e alguns trechos das entrevistas realizadas. Os mesmos possibilitam a discussão e conclusão sobre a relevância e eficácia da arte-terapia nos tratamentos psiquiátricos dentro de instituições brasileiras hoje em dia, como os CAPS, e ressalta, o trabalho revolucionário proposto em 1946 no Brasil, pela médica psiquiatra alagoana, Nise da Silveira, que visa expressar e tratar a doença através da arte, o que contrapõe os tratamentos propostos na época, considerados na atualidade invasivos e agressivos aos pacientes. Apresentando discussões que surgiram na gestão do atual governo, da volta de instituições psiquiátricas e o retorno do processo de internações prolongadas, as quais muitas vezes podem ser vistas como uma ação e local de “descarte de loucos”, como uma forma de não ter de lidar com o diferente.
O dinheiro arrecadado será usado para pagar as passagens dos 5 integrantes dos grupos e também a inscrição no evento que inclui a hospedagem durante a feira e as refeições.