Fulni-ô é o nome do povo que vive no município de Águas Belas, agreste pernambucano, no nordeste do Brasil. Seu significado é "povo da beira do rio" e está relacionada ao rio que passa pela aldeia e que deu nome ao município.
No último censo de 2010, foi contabilizado aproximadamente 5 mil índios, guardiões do rio e da reserva indígena, convivem em casas bem próximas uma das outras e também de casas "dos brancos" e que fica a 15 minutos a pé do centro da cidade. Falam a própria língua nativa Yathê (os únicos indígenas do Nordeste que mantêm viva a sua língua própria) e Português. A língua Yaathe, significa "nossa boca, nossa fala, nossa língua" é oral, ensinada de geração para geração através da convivência e tem escola bilíngüe na aldeia que auxilia as crianças no aprendizado da língua nativa. Uma das escolas com horário noturno, sofreu no inicio do mês de agosto uma atitude criminosa de vândalos que queimou uma parte da documentação de estudantes e poucos livros porque rapidamente a população apagou o fogo a tempo de acontecer algo pior ( https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2020/08/ataque-a-escola-indigena-queima-livros-documentos-e-destroi-moveis/ ).
A forma de vida dos índios fulni-ô é variada, tem agricultores, artesãos e algumas com crianças em escolas recebem o bolsa-familia, assim como indios que sairam da aldeia para trabalhar em diversas atividades em outros estados. A agricultura de subsistência é de luta no solo do agreste nordestino, que depende da fartura da chuva para o plantio do ano inteiro. Esse ano de pandemia do COVID-19, as chuvas se anteciparam e pegou de surpresa, muitos índios e suas plantações. A caça e a pesca existem de forma escassa, pois o desmatamento e a pecuária da região diminuíram muito a fartura de peixes como dizem seus antepassados. Por isso, muitos jovens da etnia fulni-ô buscam o artesanato como forma de renda e valorização de sua cultura. Miçangas, sementes, palhas, penas são usadas de forma sustentável, respeitando os ciclos da natureza, e sendo matéria-prima para falar de seu povo nas áreas urbanas, escolas e em eventos como no Parque Lage que ocorre anualmente em celebração ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, onde reúne diversas etnias do Brasil inteiro ( http://eavparquelage.rj.gov.br/dia-do-indio-no-parque-lage-2019/ ).
O indígena Txow-tata (ancião que fala), Cristiano é seu nome para a sociedade dos brancos (porque antigamente na cidade não poderia registrar com o nome indígena) viaja anualmente com o seu grupo de parentes para o Rio de Janeiro, levando na bagagem muitos artesanatos e o desejo de levar para as escolas, espaços públicos e particulares a cultura de resistência do seu povo. E foi em uma dessas viagens, que conheceu a Marcela Gaspar (que escreve esse texto). Sou educadora ambiental e Engenheira Florestal, morei 20 anos em Recife e conheci os Fulni-ô em apresentação de dança ainda quando estagiava no Parque e Zoológico Dois Irmãos em 2008. E 10 anos depois reencontrei o grupo do Cristiano e logo me interessei de levar apresentação para escolas particulares onde realizo trabalhos de educação ambiental. Foi uma experiência incrível, de encantamento e admiração de ver aqueles olhinhos brilhantes infantis e dos adultos, de conhecer de perto no pátio da escola, os índios visto até então em livros, quebrando paradigmas e levando cultura sem intervenções de quem escreve os livros didáticos brasileiros.
Esse ano estávamos planejando apresentações em algumas escolas que eu (Marcela) fazia o intermédio antes de eles chegarem. Mas, aí chegou o COVID-19, se instalou crise sanitária mundial, a necessidade de isolamento, fechamento das escolas e claro, eles não puderam viajar para vender seus artesanatos como todos os anos. Por isso, decidi criar essa vaquinha on-line para fazermos a união se traduzir em doações de material de higiene e alimentação para as famílias desse grupo indígena que acredita na educação da cultura dos povos originários como forma de resistência. O valor médio da cesta bem básica com material de higiene é na média de R$ 80,00 na região, então cada valor doado é muito importante para atingirmos a meta de mais famílias serem contempladas com a sua ajuda.
Por isso, se você pode contribuir para uma qualidade de vida dessa etnia no agreste pernambucano, contribua financeiramente com o valor que for possível para você e caso não seja possível a doação, compartilha que através de você outros poderão doar e assim formamos uma rede de solidariedade e atingiremos a meta!
Nosso muito obrigada a cada um que leu essa mensagem até o final.
O Povo fulni-ô e Marcela Gaspar agradecem com todo amor !
Como disse meu inspirador em educação Paulo Freire: "Não se pode falar em Educação sem amor".
Obs: A imagem da campanha foi retirada no dia da apresentação do grupo em uma escola particular no ano de 2018.
As informações do texto foram retiradas da fonte abaixo e por informações do próprio Txow-tata.
Fonte: GASPAR, Lúcia. Índios Fulni-ô. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>.
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