Voto em Preto: Impulsionando candidaturas de homens e mulheres afro-brasileiros/as

O movimento #VotoEmPreto, liderado pelo professor Helio Santos, já encontra eco em diversos segmentos da sociedade brasileira. São homens e mulheres brancos ou negros que entendem a necessidade do estabelecimento de Políticas de Reparação, Ações Afirmativas e Propostas de Equidade Racial, além de enxergarem a Diversidade como uma mola propulsora do desenvolvimento econômico.

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A partir do site e das demais redes sociais (Instagram, Twitter, TikTok e Facebook), pretendemos impulsionar as candidaturas de homens e mulheres negros/as, nas eleições de 2022. Esse trabalho será feito por meio da ampla divulgação dos/as candidatos/as aos cargos em disputa: Presidência da República, Governo Estadual, Senado Federal, Câmara Federal e Câmara Estadual, nas 27 Unidades da Federação.

Partimos da premissa segundo a qual apenas ações organizadas, feitas com rigor técnico e articuladas, conseguirão aproveitar a “janela de oportunidade” criada pela intensificação da Política de Cotas para Mulheres e Afro-Brasileiros, a partir da Portaria nº 230/2022, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2022/Marco/tse-cria-comissao-de-igualdade-racial-para-ampliar-participacao-de-pessoas-negras-nas-eleicoes

Sabemos que a disputa política se dá entre grupos de interesse. É assim no Brasil em todos os lugares do mundo. Por isso, em um país no qual 56% da população se autodeclara preta ou parda (conjunto identificado como negros/negras) salta aos olhos a baixa representatividade no Parlamento. Na Câmara Federal, apenas 24% (124 dos 513 deputados/as) são afro-brasileiros/as. No Senado Federal, a proporção é ainda menor: 16% (13 dos 81 senadores/as).

https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2022/Maio/presidente-do-tse-enfatiza-baixa-representatividade-negra-no-congresso-em-audiencia-publica-sobre-desigualdade-racial-e-sistema-eleitoral

Neste contexto, ampliar a representatividade de afrodescendentes nos espaços de poder, notadamente no Parlamento, é visto como uma forma de acelerar a elaboração e implantação de políticas públicas destinadas a reduzir o fosso que separa os brasileiros afrodescendentes dos demais. É crucial entender que a pobreza, o analfabetismo, o desemprego, a violência policial e o encarceramento em massa, no Brasil, possuem cor e CEP bastante específicos.

https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:01A6ktjccFkJ:https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Esses recortes não são fruto do acaso. Eles acontecem no bojo do que se convencionou chamar de Racismo Institucional, implantado com rigor e método por meio de diversas políticas públicas, a partir de 1837, como a Lei nº 1, de educação, e foram se agravando até a década de 1960, com a “Lei do Boi”.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0601-1850.htm

chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pacto_nacional_em/artigos/desigualdades_educacionais_eja.pdf

Acreditamos que a solução para a construção de um Brasil mais justo e mais igualitário se dará a partir do diálogo entre todos os interessados, além da amplificação das vozes historicamente silenciadas: mulheres e homens pretos.

Sabemos que, sozinhos, não seremos capazes de atingir o objetivo de eleger uma representativa bancada de políticos negros/as. Por isso, contamos com o apoio de brasileiros/as de todos os matizes de pele, classes sociais e orientações religiosas que valorizem os preceitos da diversidade.

Afinal, para acelerar a equidade racial e a promoção social da esmagadora maioria dos brasileiros e brasileiras não basta não ser racista. É preciso ser antirracista.

Links com texto sobre o tema, protagonizados pelo professor Helio Santos, idealizador dessa campanha:

https://www.geledes.org.br/vidas-negras-importam-de-fato-no-brasil/

https://www.brasildefato.com.br/2022/05/13/helio-santos-o-dia-14-de-maio-de-1888-e-o-dia-mais-longo-da-nossa-historia

https://www.geledes.org.br/candidatos-em-2022-tem-que-ter-proposta-para-desigualdade-racial-diz-helio-santos/

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