Curadorias e exposições
A fim de proporcionar boas experiências aos visitantes, quer-se trabalhar com conceitos de expografia; ou seja, com um conjunto de técnicas apuradas, que desenvolvam com segurança e qualidade os processos de montagem em cada uma das mostras a serem apresentadas. Serão espaços construídos fisicamente e simbolicamente, considerando conteúdo a ser apresentado, ideia de comunicação e a maneira de estruturar, selecionar e distribuir os elementos do acervo institucional; de modo que, através das suas interações, instiguem a percepção e a experiência estética de cada visitante, frente a proposta do museu.
É de conhecimento prévio que, cada espectador constrói sua própria visão sobre a experiência vivida, em função das suas expectativas, interesses e competências prévias; ou seja: o visitante interpreta os conteúdos a partir da sua relação, em particular, com o espaço visitado.
Tendo em vista o conjunto constitutivo do acervo; aliado a estrutura e organização da instituição; caberá aos responsáveis por cada projeto ou programa que venham a compor o calendário de exposições, seguirem as diretrizes quanto à finalidade e filosofia do espaço; seus objetivos; bem como suas linhas de pesquisas e metodológicas de difusão - inclusive por seu setor educacional.
Desse modo, a equipe especializada deve estar atenta à expografia apresentada – quanto à inserção dos objetos; propondo narrativas e discursos fundamentados que promovam percepções das multiplicidades sociais; consequentemente leituras heterogêneas. Também há que se considerar que, nessa linha de raciocínio, cada objeto pode adquirir sentido e valor distinto, conforme a situação que se encontre no ambiente que o recebe à sua exibição.
Acessibilidade
O MUDE será acessível a todos os públicos. Esperamos contar com recursos que possibilitem: instalação de rampas, pisos podotáteis, banheiros adaptados, recursos de acessibilidade no espaço expositivo e equipes treinadas para receber todos os visitantes.
OPMART I Setor de Comunicação*
O plano de comunicação da unidade se dará, considerando as seguintes questões: planejamento como ferramenta de gestão; já que a confecção de materiais de comunicação para a realização de eventos sem considerar um planejamento prévio bem estruturado, abre possibilidades para perdas de recursos que possam garantir a consistência e continuidade de eventos posteriores.
As políticas no desenvolvimento em comunicação para o museu devem, inclusive, considerar as limitações orçamentárias da própria instituição; com vistas a escolher com segurança onde, como, quando e porque investir; de forma a garantir o êxito quanto aos resultados em suas estratégias.
Pontos a considerar:
Identidade Visual: colabora nas ações da instituição, fortalecendo a sua gestão; sendo capaz de harmonizar o local com seus diversos públicos – tanto internos quanto externos; pela adoção de práxis nas quais a comunicação flua em mão dupla, em que se possibilite a identificação das demandas de todos os públicos envolvidos e respondendo de forma ética e transparente a esses anseios.
Mídias Sociais: a unidade deverá criar redes de relacionamentos que fomente, divulgue e dialogue com a respectiva comunidade; de forma que se promovam, inclusive, nas redes, as ações que vêm sendo desenvolvidas no referido espaço.
APP MUDE: Permitirá o acesso pelo seu celular, possibilitando uma visitação com mais recursos de acessibilidade. Não irá precisar baixar nada. É só clicar no link que será disponibilizado e pronto! …só navegar.
No app, você encontrará:
Mapa do museu Conteúdos em Libras Audioguia em português, inglês e espanhol.
Relações com a Imprensa: há que se ter diálogos bem transparentes e definidos – inclusive com o emprego de mailings de eventos; sobre as informações a serem veiculadas.
Elaborar um texto oficial de apresentação do museu, passa a ser um ponto fundamental, pois esse será o guia que definirá o perfil do espaço perante o público. Portanto este material deve apresentar a instituição em: sua constituição; natureza administrativa e financeira; histórico das suas coleções, entre outros aspectos.
Banco de Textos e Imagens: trata-se da elaboração e veiculação de textos coerentes em suas abordagens técnicas e científicas; bem como a padronização de imagens a serem divulgadas. O que em muito irá contribuir para reforçar sua identidade museológica, além de assegurar na disseminação destes materiais com seus devidos créditos. As composições textuais e reproduções imagéticas que constituem este banco deverão ser priorizadas tendo por base as coleções salvaguardadas pelo próprio museu.
Website: O site do museu deverá disponibilizar todas as informações que o visitante necessita para melhor aproveitamento de sua visita. Os textos, imagens e vídeos serão organizados adequadamente estando de fácil acesso em todos os dispositivos. Isto será importante para manter um bom índice de sua avaliação; além da garantia de permanência quanto aos usos desta e de outras plataformas a serem consideradas.
Folheteria digital: como forma de manter o relacionamento com seu público, o museu irá promover e divulgar seus trabalhos, também, via e-mails; malas diretas e folders virtuais.
O museu irá pensar na uniformização dos seus impressos, estabelecendo seu padrão de branding; tendo por finalidade a busca de um estilo único e envolvente; cujo seu diálogo seja positivo e relevante à impressão das pessoas.
Educação em museus
O museu irá contar com um Setor de Educação, onde profissionais, devidamente qualificados, irão oferecer aos visitantes, determinados programas contendo projetos pedagógicos que possibilitem melhores aproveitamentos dos patrimônios: materiais e imateriais, da instituição. Uma equipe constituída por educadores e monitores de museus, irá acompanhar as pessoas durante os percursos expositivos. As visitas serão administradas mediante agendamentos prévios.
Biblioteca Café do MUDE
Integrada à natureza com a possibilidade de apreciar obras de arte, a biblioteca do Museu visa proporcionar um espaço intimista, onde se possa usufruir de literaturas especializadas referentes às áreas de ciências humanas, letras e artes - de autores diversos. Além de poder contar com banco de textos e imagens digitais; bem como artigos nas respectivas áreas; contribuindo para validar a instituição como referência em pesquisa.
Financiamento e Fomento
Visando garantir o êxito quanto à sua implantação e o bom desenvolvimento de seus potenciais; os idealizadores deste museu devem dedicar-se à elaboração de um projeto que seja à altura dos ideais à sua materialidade - contemplando, também, os patrimônios imateriais a ele concernente.
Museus, em sua maioria, são instituições com baixa dotação orçamentária ou nenhuma; geralmente subordinadas às verbas, doações e associações de voluntariado; que na maioria das vezes não atendem todas as suas necessidades. A maior parte do orçamento apenas contempla os recursos humanos.
O primeiro passo para captar os fundos necessários a um Projeto Cultural, é saber elaborar um bom projeto! Antes de tudo, ao estruturá-lo, torna-se imprescindível identificar nesse projeto: justificativa da sua pertinência e demanda; sem contar a importância de se considerar: oportunidades e democratização cultural. São esses critérios que serão analisados por comissão de avaliadores e futuros investidores.
*A sigla OPMART, que nomeia o Setor de Comunicação, faz referência à escrita especular (ou espelhada) do polímata Leonardo da Vinci.
Imagem (central): mude I museu do desenho PESQUISAS CONTEMPORNEAS
Inspirado em garatujas infantis e na Ópera House, em Sidney
Arquitetura meramente ilustrativa