Em ação pelo fim do desperdicio alimentar!

É... Lugar de Xepa é no prato. Seja parte integrante dessa grande guinada alimentar!

Fazemos parte de um coletivo que mobiliza as ações em prol de uma alimentação boa, limpa e justa há vários anos na cidade de São Paulo. Nosso trabalho é a transformação social e ambiental através do estomago. Daquilo que se come. Como se planta e como acontecem as trocas.

Nossas ferramentas de ação são a educação por meio do embasamento técnico, do encantamento e da alegria de conviver e partilhar. Tratamos de assuntos muito importantes e urgentes por meio de pequenas ações educativas, participações em eventos, praças, centros de referencia, conselhos e comitês onde são compreendidas, negociadas e encaminhadas as soluções por um sistema alimentar cada vez melhor. O famoso trabalho de formiguinha. Porém o evento que nos traz pela primeira vez em campanha de financiamento coletivo tem haver com algo que é gigante, que está na nossa cara, e que é completamente triste: o enorme desperdício de alimentos ainda apropriados para a alimentação das pessoas e de seus animais. Há desperdicio e há fome. 

Há muita fome na cidade de São Paulo.

Os alimentos que tem pouco ou nenhum valor comercial por estarem feios, machucados, ou terem formas assimétricas, fora do padrão estão indo parar nos aterros sanitários. Eles estão no chão das feiras livres, supermercados, na nossa cozinha e na de restaurantes e cozinhas coletivas. Aqui no Brasil eles são também chamados carinhosamente de XEPA.

A intenção é inspirar, reunir e formar novos multiplicadores que possam impulsionar o envolvimento paulistano no caminho da ação consciente e do consumo responsável de alimentos para que seja real e possível eliminar o desperdício de comida..

Vamos passar 4 dias na Praça do Beco do Aprendiz reunindo pessoas em prol da reflexão e partilha de informações importantes sobre o momento do sistema alimentar atual e sobre o que fazer JUNTO. 

<< O CINECLUBE >>

Com curadoria e articulação do Movimento Urbano de Agroecologia, o MUDA-SP, serão exibidos documentários e curta metragens que foram produzidos recentemente que revelam o panorama atual da alimentação paulistana.Serão convidados poder público, instituições, coletivos e sociedade civil para se encontrar, dialogar, propor e encaminhar ideias inovadora que serão listadas em uma carta compromisso que fortaleçam as ações de Segurança Alimentar e Nutricional na cidade. Os temas são:

Dia 14. “2014, Ano da Agricultura Familiar: O que o Paulistano tem a ver com isso?”

Dia 15. “Alimentação Consciente e Responsável e o Desafio da Prática Diária nas casas e estabelecimentos.”

Dia 16. “A Economia do Desperdício e o Paradigma da Escassez”

<< A DISCO XEPA >>

Para o encerramento das atividades do Festival, cozinheiros, educadores e músicos passarão a tarde de sábado proporcionando uma importante experiência ecogastronômica. Serão 5 horas de música, arte de rua e oficinas educativas sobre o aproveitamento total de alimentos.  A partir das 13h, quando os cozinheiros chegarem da coleta de alimentos, será iniciado no Beco do Aprendiz um tributo aos alimentos e ingredientes descartados de feiras livres e supermercados resgatados do destino fatal do lixo público e que serão transformados num verdadeiro banquete servido gratuitamente ao anoitecer.

[ Tudo isso que está nessa foto foi coletado no lixo para um dos nossos eventos ]

<< SOBRE O FOOD REVOLUTION DAY >>

Tudo começou quando o Chef inglês Jamie Oliver e sua equipe de TV se mudaram para uma cidade americana que possuía o pior índice de qualidade alimentar, foi lá que foi gravado um reality show que desencadeou o movimento que promove o aprendizado de técnicas culinárias, a compreensão do quanto esse conhecimento é libertador e fundamental no processo de regeneração da Saúde das pessoas.O dia 16 de maio foi escolhido para ações coletivas que aderiram a esta causa em todo o mundo. Nessa data em todo mundo, o convite é a cozinhar de forma simples, fresca, saborosa, rápida e saudável.

<< O LOCAL DO EVENTO >>

[ Praça Beco do Aprendiz = Rua Belmiro Braga/ Vila Madalena-SP ]

<< Para onde vai o dinheiro? >>

Uma das artes mais realizadas pelo ativismo e assistência social é a captação de recursos para suas ações. E queremos esse aprendizado. 

Planilhamos tudo o que precisamos e geralmente conseguimos de "graça" e percebemos o quanto a gente movimenta a economia baseada em troca de recursos fisicos. Geralmente não movimentamos moeda em nossas ações. E já não nos consideramos mais voluntários. Somos trabalhadores. O modelo Hobbin Hood de movimentação sócio-economica já se desgastou e é perigoso.  Estamos na era dos empreendimentos sociais. Num futuro próximo nem ong sem fins lucrativos, nem empresas 100% com fins de lucro. Todos os empreendimentos com juízo deverão ser "Não somente com fins de lucro".  Está cada vez mais imprudente dissociar pessoas e meio ambiente de processos produtivos "pra fazer a vida". Tiro no pé. Precisamos acreditar na nossa capacidade de gerar conteúdo e transformação ao mesmo tempo que trabalhamos e somos pagos por isso. Remuneramos todos os envolvidos numa corrente ganha ganha ganha sem fim.

É um evento.  É um festival. Na rua. Ao ar livre.  É trabalho

Isso significa cenário, equipamentos de som, de audio, video, telão, conforto para receber, produção de material educativo, de divulgação. Transporte, custos administrativos, a produção das recompensas ( que estão previstas nesse orçamento ). Somos uma equipe fixa de 13 pessoas trabalhando nisso há quase dois meses. 

Esperamos servir um banquete completo para 500 pessoas, teremos 4 bandas e DJs tocando que vão oferecer um som alegre e amoroso. Para podermos receber pessoas de todas as idades. 

A Economia do Ativista, do assistente social e do educador que se doa doa e dilapida todo seu patrimonio (e o da familia) não é sustentabilidade. Com tantos eventos Skol, Red Bull, Heineken sendo produzidos na cidade ao menos o nosso é um evento consciencial. 

A meta é arrecadar R$ 61.000,00 para remunerar o trabalho dos envolvidos e produzir material audiovisual e informativo que possa ser usado de forma permanente em ações de conscientização.