Ninguém ignora a epidemia de violência no Brasil. Há mais de dez anos o país registra anualmente cerca de 50 mil assassinatos. Esses dados, no entanto, não têm afetado todos os setores da população da mesma maneira. Enquanto o índice geral de homicídios cresceu incríveis 259% de 1980 a 2010, entre os jovens até 19 anos o crescimento foi de 376% (sendo em 2010 43% do total). Se o jovem for homem e negro, sua chance de morrer à bala é ainda maior. De 2002 a 2013, diminuíram os índices de brancos assassinados em 33%, mas o de jovens negros cresceu 23,4%. Com isso, atualmente a população negra, pouco mais da metade dos brasileiros, representa 75% dos assassinatos. A isso se acrescenta a questão da pobreza: 93% das mortes registradas na cidade de São Paulo ocorridas fora do chamado Centro Expandido, onde estão os bairros mais ricos.
O objetivo de Bendito o Fruto é mostrar o drama e a luta dos familiares de jovens mortos nas periferias das cidades paulistanas por meio de fotografias em suporte inovador e de alto impacto: cruzes duplas apoiadas diagonalmente no chão numa linguagem transversal entre a fotografia documental e a arte conceitual. O projeto prevê, ainda, outros produtos e ações. A ideia é trabalhar imagens que identifiquem as vítimas (pais e filhos) não pela ótica policial/investigativa, mas pela emoção, amor, saudade e perda. Um olhar delicado, que não deixa de lado a força para brigar por justiça.
O Projeto Bendito O Fruto conta com o apoio do grupo Mães de Maio, cuja coordenadora, Débora Maria, recebeu o Prêmio Nacional dos Direitos Humanos de 2013 das mãos da presidenta Dilma Rousseff, para entrevistar, filmar e fotografar mães de jovens assassinados entre 2006 e 2016. Para marcar os 10 anos das Mães de Maio, a exposição Bendito O Fruto trará 10 cruzes duplas com imagens de vítimas de violência e seus familiares, numa linguagem transversal entre a fotografia documental e a arte conceitual, dando tridimensionalidade à imagem fotográfica e agregando, pelo formato, todo um imaginário cristão e ocidental de dor e morte, mas também de superação e graça. Cada cruz de PVC com 6 mm de espessura terá os corpos de 1.5m x 0.3m unidos pelo topo com dobradiças e os braços com 1.3m x 0.3m. Isso permite que fiquem semiabertas, apoiadas no chão em diagonal, com cerca de 1m de altura para que o público circule pelo espaço. Ao seu redor serão espalhadas dezenas de rosas de plástico vermelhas, símbolo das Mães de Maio.
A abertura da exposição ocorrerá dia 15 de junho, no espaço ao lado do auditório 5R, na Universidade Federal de Uberlândia, Campus Santa Mônica. A exposição em si estará aberta à visitação de 16 de junho a 6 de julho, no espaço cultural do Mercado Municipal de Uberlândia. Além disso, esperamos lançar um catálogo da exposição e ainda trazer duas das Mães de Maio para um debate, que acontecerá no dia 6 de julho, às 19h.
Para que este projeto seja realizado, é necessário o apoio de todos. Àqueles que fornecerem suporte, serão concedidas as seguintes recompensas:
Agradecemos desde já o apoio de todos, toda ajuda é apreciada.
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Cruz da exposição
Marco, meu querido amigo, esse seu coração é um mar.
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